segunda-feira, 24 de novembro de 2008

My Photography Concept


O meu conceito de fotografia e o modo de funcionamento de uma máquina fotográfica resume-se ao acto de encher até meio uma garrafa com água da chuva... Estranho, não é? Mas vão ver como esta analogia resulta na perfeição.
A objectiva:
A objectiva pode ser comparada ao funil que se encontra no topo da garrafa.
Há dois conceitos relacionados com a objectiva (neste caso o funil), o ângulo de visualização e a abertura.
O Ângulo de Visualização:
Imaginem-se a espreitar por um funil, olhando pelo fundo (a parte mais estreita), apenas conseguimos ver o que a boca (a parte mais larga) permite.
Quanto mais estreita for a boca, maior será o "zoom" que estamos a fornecer à máquina, isto é, vamos mais ao detalhe. Esta maior ou menor abertura da boca do funil tem influência na entrada de luz para a câmara do sensor: maior-mais luz, menor-menos luz.
Posto isto, para encher a garrafa até meio é mais rápido encher com água com um funil com a boca grande do que com um com a boca mais apertada, a luz também assim funciona, entra mais luz para máquina com um ângulo de visualização grande (boca grande) do que com um ângulo pequeno.
Qual a implicação da quantidade de luz? Maior ou menor rapidez na obtenção da fotografia! Para um ângulo de visualização grande será necessário menos tempo para a obtenção da fotografia desejada (um funil com uma boca larga recebe mais água logo, encherá a garrafa até meio mais depressa).
A Abertura:
Podemos estabelecer a analogia entre o fundo do funil e a abertura. Um funil com o fundo largo permite a entrada da água (tal como a luz) com maior rapidez. E o que provoca? A entrada da água para uma garrafa por um funil de fundo largo é desordenada, turbulenta... certo? Pois, com a luz acontece o precisamente o mesmo, as grandes aberturas provocam uma desordem na distribuição da luz, tornando difuso tudo o que estiver fora do objecto focado.
Por analogia inversa temos o funil com fundo estreito, este apenas deixa passar uma determinada quantidade de água, ordenada, um perfeito fio de luz a encher a garrafa. As fotografias tiradas com aberturas muito pequenas serão, garantidamente, de uma perfeição assombrosa.
E a quantidade de luz que a abertura permite entrar? Grandes aberturas, muita luz, desordenada, mas de rápido enchimento da garrafa. Pequenas aberturas, pouca luz mas em perfeita harmonia demorando um pouco mais a encher o receptáculo. Tudo leva o seu tempo para ficar na perfeição... (não quero dizer com isto que as fotos tiradas com aberturas grandes não são qualidade, não! Muito pelo contrário, o sentido que estou a aqui a dar a perfeição apenas se refere ao detalhe que é possível registar numa fotografia).
Passando agora para o corpo da máquina (dentro da garrafa)...
Velocidade de Obturação:
Já falámos da objectiva, vamos agora falar no tempo de disparo, isto é, a velocidade de obturação, a torneirinha que tenho ali para controlar a entrada da água (a torneirinha já está dentro do corpo da máquina! não no funil).
Como o acto de chover num curto espaço de tempo é contínuo, temos que controlar a quantidade entrada de água para a nossa garrafa. Admitindo que o seu enchimento até meio representa uma fotografia equilibrada em termos de luminosidade, temos duas situações diversas:
  • O corte da entrada da água antes do enchimento até meio, isto é, uma fotografia mais escura do que seria desejado, diz-se sub-exposta.
  • Fui lento na reacção e apenas fechei a torneira após ter ultrapassado o meio enchimento acabando por encher por quase por completo: muita luz, sobre-exposta.
Resta-me falar talvez sobre o conceito mais complicado de explicar na fotografia, o ISO.
O ISO é o filtro que eu usei para depurar a água. Como sabem, a água proveniente da chuva transporta impurezas capturadas durante o seu percurso de descida, assim, convém fazer uma depuração para obter uma água o mais pura possível... Pois o ISO pode ser entendido como isso mesmo, uma filtragem da agua da chuva.
Quanto maior for o espaçamento da malha do filtro maior será a passagem de impurezas, mas também, mais rápida será a passagem água, no entanto a água retida na garrafa não é da melhor qualidade, isto é, obtemos uma fotografia com muito ruído, o vulgarmente chamado de grão.
ISO baixo implica maior tempo para encher a câmara de luz, ou a garrafa, como queiram... pois a malha utilizada é mais apertada. Será, sem dúvida, o caso de uma fotografia de alta qualidade de imagem (em termos de pixeis, entenda-se, :).
As máquinas actuais permitem tratar as variáveis como uma só calculando automaticamente todas as outras oferecendo diversos modos, tais como: prioridade à abertura; prioridade à velocidade; programação, impondo a velocidade ou a abertura; entre muitos outros... sem faltar o automático, que controla todas as variáveis dependendo do ângulo de visualização. Tudo o que expliquei atrás permite trabalhar, tornar-se íntimo, com o modo mais difícil, o modo Manual, onde todas as variáveis são controladas por si. Basta encher a garrafa como lhe der mais prazer!!!
Curioso não é...? Como o encher de uma garrafa tem tanta proximidade com o premir no botão do obturador!!! A hora já é tardia e nem sempre é fácil expressar por palavras os diversos conceitos técnicos aqui expostos, peço desculpa se não tiver sido o suficientemente claro nas explicações.
Muito obrigado pela atenção despendida.

domingo, 23 de novembro de 2008

Eu e os meus Amigos Fantasmas


Neste fim de tarde na praia não puderam de deixar de aparecer os meus dois amigos fantasmas.

Fonte da Telha

Vista na direcção sul, pode observar-se o Cabo Espichel.
Vista na direcção norte, pode observar-se a Caparica; zona marginal até Cascais; e inclusivé o Palácio da Pena em Sintra


Nesta última foto ficou registado o rasto de luz deixado pela carrinha de vigilância da Polícia Marítima.


Rampa Beach Club ao vento


Novas instalações do famoso bar na praia da Fonte da Telha.

Jogo da Malha...


Fiquei contente por saber que ainda há quem pratique este jogo nos centros urbanos.

O Fim


Se aqui chegou sem carregar no rectângulo vermelho do canto superior direito foi porque terá gostado desta série de imagens da Baía do Seixal, que, em prole da verdade, muito lhe ficam a dever na realidade.
O efeito de estrela criado nesta foto consegue-se diminuindo a abertura da objectiva, os raios solares ao passarem pela pequena abertura tendem a divergir criando este bonito efeito.

Flutuo...

O Raposinho...


Uma panóplia de cores aguerridas própria das embarcações tradicionais.

Por Entre os Arcos...


Gostei do contraste entre a luz que entrava nos arcos e a imagem destes reflectida nas calmas águas da baía.

Amarras...


O Quiosque


Aguardando, imóvel, pelo seu mestre




Dramatismo...


Dramatismo é o que recolho ao olhar para esta imagem, foi tirada precisamente com esse propósito.

Este registo teve uma compensação negativa de passo-1 com o objectivo de obter maior contraste e impacto na imagem.

Boa Esperança...


Boa Esperança nem sempre se alcança... Atracado em seco, ancorado a terra com uma âncora desproporcional, e para culminar, à sombra de um pinheiro no centro de uma rotunda, não vislumbro melhores dias a esta embarcação...

Triste Destino...



À beira da estrada, abandonado e com um rombo no casco.

Partida


Hora da Partida: agora mesmo...

Comunicação:
Senhores passageiros internautas, informo que neste preciso instante se dará início a uma caminhada de particular interesse... destino: Baía do Seixal.
Acomodem-se nos vossos lugares e espere que desfrutam da viagem tanto como eu desfrutei...

Hora de fim: é só clicar num rectângulo vermelho no canto superior da janela :)

Lagoa de Albufeira


Há fotografias que já sabemos intuitivamente o seu resultado, não foi este o caso, fui apanhado totalmente desprevenido face à beleza do lugar.

Júpiter, Vénus e Farol do Cabo Espichel


Os Meus Fantasmas


Há algum tempo publiquei uma fotografia intitulada "O Meu Fantasma", a situção está a piorar, pois ao que parece, agora já são dois... estão a multiplicar-se ( uhhhhh, medo!!!).

Enquanto Aguardava...


Enquanto aguardava por mais uma passagem da Estação Espacial Internacional (ISS).

À Espreita do Ocaso


Achei curiosa a posição destes meninos, que no meio das suas brincadeiras, reservaram uns instantes para contemplar o pôr-do-sol. Instantes antes, corriam desenfreadamente por uma encosta abaixo cheios de alegria onde no final se estatelavam na areia ecoando no ar as suas gargalhadas (e como é bom ouvir estas gargalhadas, fizeram-me recordar momentos em criança...).

O Típico Pôr-do -Sol


São bastante comuns as fotografias deste género, no entanto não pude deixar de a publicar...

Vamos a Banhos...


Segundo a Câmara Municipal de Sesimbra nesta praia é proibida a livre circulação de cães, o banhista bem comportado deverá manter a praia limpa, há nadador salvador e há casas de banho para os banhistas... Só não encontrei foi vontade de mergulhar naquela água de aspecto gelado.

Atrás das Grades!


Um pormenor, ou melhor uma outra perspectiva, de uma construção de madeira na praia de Lagoa de Albufeira.

Nas Dunas...


Gostei do enquadramento obtido.

Aí vem peixe!!!



quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Tédio...


Quando o destino tarda em chegar o tédio dá lugar ao espírito criativo...

Panorâmica Nocturna de Alcácer do Sal


Chocolate...


Não fosse saber o que é, afirmaria que era uma barra de chocolate flutuante :)

Ponte pedonal sobre o Rio Sado


No cais...


À Beira Rio


Depois da frustração não me restava senão fazer valer a noite... espero que gostem!

Expectativa frustrada...


No dia em que se comemorou o 10º aniversário do lançamento oficial da ISS (Estação Espacial Internacional), para meu desapontamento, não consegui melhor do que este registo ausente de cor muito por culpa da iluminação pública que lhe retirou a sua cor natural.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Bem Hajam


Esta é a vista geral das traseiras do estaleiro no qual trabalhei durante o último ano e meio, aqui se fizeram jantares, convívios, muito trabalho e sobretudo muito boas amizades. O ambiente extraordinário entre colegas fez com que cada dia fosse encarado de uma forma especial, não como mais um dia vulgar de trabalho mas sim como uma tarefa diária onde reinava a boa disposição, companheirismo e vontade de ultrapassar os problemas... A todos aqueles que contribuíram para que nunca mais me sejam esquecidos, um BEM HAJAM!!!
Relativamente à fotografia saliento o pormenor de Vénus e Júpiter serem bem visíveis destacando-se de todo o horizonte.

A dificuldade inerente...


Foi com alguma dificuldade que tirei esta fotografia. Não queria aumentar muito o ISO para não a expor a ruído, o navio estava bastante distante pelo que ao aumentar a distância focal a abertura ficava penalizada, logo maior tempo de exposição... Para complicar ainda mais as coisas, o tripé de "brincar", a total ausência de luz e a posição incómoda não ajudavam em nada.

Após uma série de tentativas frustradas saiu esta foto que peca por ser um pouco escura mas foi o melhor que se conseguiu arranjar, espero que gostem...